As tradições do Natal

O presépio - Véspera de Natal de 1224. São Francisco de Assis teria pedido a um homem chamado Giovanni Villita que criasse o primeiro presépio que foi montado nos fundos de uma igreja,
numa vila no sul da Europa, onde pessoas e animais de verdade representaram o advento do nascimento de Cristo.
O presépio é hoje um dos símbolos mais comuns no Natal de países católicos e tenta reproduzir o cenário onde Cristo nasceu.

Cartões de Natal - O costume de enviar cartões de Natal surgiu na Inglaterra por volta de 1843, quando o artista John Horsley confeccionou o primeiro cartão e enviou-o para um amigo. Nele, havia uma família desenhada e os votos de Boas Festas e Feliz Ano Novo. Esta prática foi rapidamente difundida na Inglaterra e posteriormente no resto do mundo.

As músicas natalinas - As canções de Natal sempre exerceram uma importante função em cerimônias realizadas pela Igreja Católica. As primeiras canções natalinas são datadas do século 4 e, algumas delas, são cantadas até hoje na véspera do Natal, como a famosa Jingle Bells, por exemplo.

A árvore de Natal - A primeira referência histórica a uma árvore de natal vem do século 16, na Alemanha. Lá, as famílias tinham o costume de decorar as árvores com papel colorido, frutas e doces. Esta tradição espalhou-se pela Europa e acabou chegando aos Estados Unidos pelos colonizadores alemães. Mas engana-se quem pensa que a árvore de natal é uma invenção da religião católica. Antes de Cristo nascer, os povos egípcios, chineses e hebreus costumavam decorar as árvores com luzes multicoloridas para as festividades de inverno. Antes da conversão ao Cristianismo, os povos escandinavos usavam árvores decoradas em suas casas para afugentar os demônios. A árvore de natal que conhecemos, esta que cultuamos até os dias de hoje, surgiu durante a Idade Média, na Alemanha. Nesta época, as famílias alemãs colocavam maçãs em pinheiros que representavam o Jardim do Éden.

A troca de presentes - A troca de presentes é uma das mais antigas práticas quando o assunto é a história do Natal. Existem muitas teorias sobre o surgimento dessa tradição, mas a mais comum entre elas é a que conta que São Nicolau, um popular santo da Igreja Católica, presenteava as pessoas no período natalino. Outra tradição da troca de presentes lembra os três reis magos que presentearam Jesus logo após o seu nascimento.

Ceia de Natal - Na Europa, muito antigamente, as pessoas deixavam a porta de casa aberta na noite de Natal para que viajantes e pessoas pobres pudessem participar da ceia. Até hoje, a ceia é o momento de confraternização entre amigos e familiares. No Brasil, o prato mais tradicional é o peru assado.


Estrela Guia - A estrela-guia representa a estrela que ajudou os Reis Magos a chegar à manjedoura onde nasceu Jesus. Ela os guiou com sua luz, por isso traz no nome a palavra "guia".

Estrelas - Simbolizam a luz que permanentemente harmoniza os ambientes. As cores usadas nos enfeites também possuem significado: a cor ouro está ligada ao Sol, associado à evolução do espírito. O verde representa o poder da renovação e o vermelho tem a ver com o fogo e com o amor divino. Para os judeus, são anjos guardiões. Para os esotéricos, a estrela de cinco pontas mostra o esquema simbólico do homem em relação às medidas do universo - braços e pernas esticados, e a cabeça que comanda a vontade. A estrela de seis pontas simboliza a paz.

Folhas - Por manterem-se verdes em pleno inverno, o azevinho, que simboliza o flagelo de Cristo, os visco e a hera eram tidas como plantas mágicas pelos druidas, antigos sacerdotes dos gauleses e bretões.

Guirlanda - Uma guirlanda pendurada na porta de casa indica a presença do Menino Jesus naquele lar.

Panetone - O bolo recheado de frutas secas e uvas secas é uma tradição do Natal italiano. Ele foi criado na cidade de Milão, não se sabe ao certo por quem. Existem três versões. A primeira é que o produto nasceu no ano 900, inventado por um padeiro chamado Tone. Por isso, o bolo teria ficado conhecido como pane-di-Tone. A segunda versão da história diz que o mestre-cuca Gian Galeazzo Visconti, primeiro duque de Milão, preparou o produto para uma festa em 1395. E a última versão conta que um certo Ughetto resolveu se empregar numa padaria para poder ficar pertinho da sua amada Adalgisa, filha do dono. Ali ele teria inventado o panetone, entre 1300 e 1400. Feliz com a novidade, o padeiro permitiu que Ughetto se casasse com Adalgisa. No Brasil, a tradição surgiu depois da Segunda Guerra Mundial. Imigrantes italianos resolveram fazer o mesmo panetone consumido por eles na Itália na época de Natal.

Presentes - Em dezembro, na festa romana que honrava o rei Saturno, eram distribuídos presentes. No século 14, no dia 5 de dezembro, as crianças comemoravam o dia de São Nicolau, colocando os sapatos na janela e recebendo presentes.

Renas - No Brasil, não existem renas, nem mesmo no zoológico. Elas não suportam viver em clima quente. Gostam de temperaturas baixas. Por isso vivem em regiões frias, como a Escandinávia, a Groenlândia e a Sibéria, onde os termômetros, no inverno, costumam atingir até 50 graus abaixo de zero.


Reis Magos - O historiador inglês São Bedas (que viveu entre os anos de 673 a 735) foi o primeiro a citar os nomes e descrever os três Reis Magos. Cada um deles representa uma raça: a branca, a amarela e a negra. O africano Baltazar, com cerca de 30 anos, o asiático Gaspar, com 15 anos, e o europeu Melchior (ou Belchior), com aproximadamente 40 anos, foram os primeiros a visitar o Menino Jesus, e lhe ofereceram presentes: mirra (resina extraída da árvore de mesmo nome), em sinal de sua humanidade; incenso, para representar a divindade do Menino Jesus; e ouro, em homenagem à sua realeza. No Brasil, as primeiras imagens dos Reis Magos chegaram de Portugal, em 1752, destinadas ao Forte dos Reis Magos, no Rio Grande do Norte.


Sinos - As badaladas dos sinos de Natal representam a mensagem "Nasceu Jesus!". Além disso, acredita-se que o som dos sinos possa afastar tudo de ruim e trazer boa sorte.


Velas - Muitos povos usam o fogo para exorcizar os maus espíritos.
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About Alexandre Ferreira

Blog do comunicador Alexandre Ferreira - Jornalista, Radialista e Professor Universitário.

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