Curiosidades sobre as Copas:

Copa de 1930, no Uruguai:

• Antes da partida entre as seleções do Uruguai e Bolívia, os bolivianos posaram para uma foto. Cada jogador segurava uma letra que formaria a inscrição: Viva o Uruguai! O curioso é que o terceiro "u" foi suprimido e a inscrição final que se lia era: "Viva Uru gay!"

• Na partida disputada no dia 21 de julho, entre Uruguai e Romênia, no momento em que Anselmo marcava o terceiro gol para os donos da casa, o médico e o massagista da seleção uruguaia estavam dentro de campo atendendo um jogador.

• O atacante Hector Castro, autor de um dos gols do Uruguai na vitória por 4 a 2 sobre a Argentina, na final da Copa, não tinha a mão direita. Por causa disso ficou conhecido como "Manco".

• O atacante Preguinho foi o autor do primeiro gol brasileiro em Copas, na derrota por 2 a 1 para a Iugoslávia. Antes do futebol, Preguinho já havia praticado outros esportes, como natação e remo.

Copa de 1934, na Itália:

• Na Itália, os anfitriões do torneio golearam na estréia os Estados Unidos por 7 a 1. Todos os gols da partida foram de italianos. Aldo Donelli, um imigrante residente em Nova York, fez o de honra dos norte-americanos.

• Temendo possíveis convocações de seus jogadores pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos), o Palmeiras escondeu os atletas em uma fazenda no interior de São Paulo. Na época, a equipe era filiada à Federação Brasileira de Futebol.

• Autor de três gols na Copa, o suíço Leopold Kielholz atuava usando óculos.

• O italiano Luigi Bertolini disputou toda a competição com uma faixa na cabeça para evitar machucados causados pela costura da bola.

Copa de 1938, na França:

• Brasil e Polônia se enfrentaram debaixo de chuva torrencial. Leônidas da Silva se cansou do barro e, para diminuir o peso nos pés, tirou as chuteiras. O brasileiro queria seguir descalço, mas o árbitro o impediu. Momentos depois, Leônidas perdeu uma das chuteiras no meio da área rival e, com o pé descalço, fez um golaço. Um lance que seria invalidado pelas regras atuais.

• Pela primeira fase, Cuba e Romênia empataram em 3 a 3 graças ao excepcional desempenho do goleiro caribenho Carvajales. Como devia haver um ganhador, as equipes jogaram um novo jogo, vencido pelos cubanos: 2 a 1. O curioso dessa partida é que Ayra foi o goleiro titular de Cuba porque Carvajales foi convidado para comentar a partida em uma rádio cubana.

• Álvaro Lopes Cansado, o Nariz, era o médico e o zagueiro da Seleção Brasileira.

Copa de 1950, no Brasil:

• A seleção do Uruguai chegou ao Maracanã com quatro horas de antecedência para disputar a final. Como o estádio não estava 100% terminado, havia buracos no vestiário dos visitantes. Durante o aquecimento, pedras e foguetes foram atirados contra os uruguaios, que tiveram de se esconder embaixo de colchões.

• O atacante Ademir de Menezes foi o artilheiro da Copa, com nove gols. Até hoje ele é um o brasileiro que mais marcou gols em uma única edição do Mundial.

• A Copa realizada no Brasil é, até hoje, a única que não teve uma verdadeira final. O título foi decidido em um quadrangular e o Uruguai acabou se tornando campeão.

• A partida entre Brasil e Uruguai, que acabou decidindo o campeão, registrou o maior público da história: 173.830 pagantes (199.854 público total).

Copa de 1954, na Suíça:

• As partidas começaram a ser transmitidas pela TV na Suíça. A novidade só aconteceu por que oito países (França, Itália, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Inglaterra, Suíça e Alemanha) se uniram para fundar a Eurovisión. O grupo fazia a transmissão dos jogos e exibia também uma entrevista com o Papa Pio 12.

• Quando faltavam apenas três minutos para o fim da partida entre Uruguai e Hungria, pela semifinal, os europeus ganhavam por 2 a 1. O atacante Juan Eduardo Hohberg empatou o duelo e, com uma mescla de emoção e cansaço, desmaiou em campo.

• Esta foi a primeira Copa que a Seleção Brasileira atuou com o seu tradicional uniforme: camisetas amarelas e calções azuis.

• Essa também foi a primeira Copa em que as seleções utilizaram numeração fixa em suas camisetas.

Copa de 1958, na Suécia:

• Pelé fez o único gol brasileiro na vitória diante de País de Gales e se tornou o jogador mais jovem a marcar em Copas. Na época, ele tinha "apenas" 17 anos e 239 dias.

• Pela primeira, e única vez, as quatro seleções que pertencem ao Reino Unido (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte) disputaram uma Copa.

Copa de 1962, no Chile:

• Apesar do triunfo brasileiro, o Mundial de 62 teve a imagem arranhada. Com equipes de baixo nível técnico, ocorreram vários incidentes entre os jogadores. Tanto assim que, após três dias de competição, já se contabilizavam 34 lesionados. No dia seguinte, o número subiu para 50. No total, foram três fraturas de pernas, uma de nariz e uma de quadril.

• Fazer um gol em Copas do Mundo já é difícil. Agora, marcar com apenas 15 segundos de bola rolando, como fez o checo Vaclav Masek na partida contra o México, é uma proeza que durou 40 anos. O gol de Masek foi o mais rápido da história das copas até o turco Hakan Sukur superá-lo em 4 segundos, na decisão do terceiro lugar da Copa de 2002, contra a Coréia do Sul. O gol-relâmpago do checo não foi suficiente para garantir a vitória da sua equipe contra os mexicanas, que triunfaram por 3 a 1.

• No Mundial do Chile ainda era permitido que um jogador que disputasse uma Copa por um país representasse uma nova seleção em outra edição. Foi o que aconteceu em 1962 com Mazzola, Puskas e Santamaría. O primeiro defendeu o Brasil em 1958 e vestiu a camisa da Itália em 1962. A Espanha, por sua vez, foi defendida pelo húngaro Puskas e pelo uruguaio Santamaría.

Copa de 1966, na Inglaterra:

• Na Inglaterra, Rattín, jogador da seleção argentina, após ser expulso na partida contra a equipe da casa, deixou o gramado pisando no tapete vermelho da rainha Elizabeth Segunda, presente no estádio.

• Pelé foi campeão em 1958 com a tenra idade de 17 anos. Mas Edu, o ponta-direita do Santos, tornou-se, em 1966, o mais jovem brasileiro a ser convocado para uma Copa do Mundo, com 16 anos.

• O primeiro mascote de uma Copa do Mundo, uma tradição agora, foi o leão Willie, criado pelos organizadores da Copa da Inglaterra para promover o evento.

• A Taça Jules Rimet, que viria a ser conquistada em definitivo pelo Brasil em 1970, foi surrupiada em uma exposição meses antes do início do Mundial. O vira-lata Pickles tornou-se um herói ao encontrar a taça uma semana depois, enrolada em um jornal nas ruas de Londres.

Copa de 1970, no México:

• Foi nessa Copa que aconteceu a primeira substituição da história. No empate por 0 a 0 entre União Soviética e México, o soviético Anatoliy Pusatch entrou no lugar de Serebrianikov.

• O brasileiro Jairzinho se tornou o primeiro atleta a marcar gol em todos os jogos da competição (sete gols em seis partidas). De quebra, o atacante sagrou-se campeão.

• Os árbitros ganharam no México um instrumento de advertência até então inédito: os cartões amarelo e vermelho.

• Titular como jogador nos dois primeiros títulos do Brasil em Copas, em 1958 e 1962, Mario Jorge Lobo Zagallo se tornou o primeiro técnico a conseguir a façanha dentro e fora das quatro linhas.

Copa de 1974, na Alemanha:

• O atacante alemão Gerd Müller marcou quatro gols durante a competição e se tornou o maior artilheiro da história dos Mundiais, com 14 (havia feito 10 em 1970). O jogador superou o francês Just Fontaine, que, em 1958, fez 13 gols.

• A Taça Jules Rimet, conquistada em definitivo pelo Brasil em 1970, sai de cena. O novo objeto de desejo era a Copa do Mundo Fifa, troféu de 37 centímetros de altura feito em ouro maciço pelo escultor italiano Silvio Gazzaniga.

• O haitiano Ernest Jean Joseph ficou marcado por um feito vergonhoso: ele foi o primeiro atleta a ser flagrado e punido pela Fifa por uso de substâncias proibidas, o hoje já famoso doping.

• A seleção do Uruguai escapou de uma boa antes da Copa. Com vôo marcado para a Indonésia para a disputa de um amistoso preparatório, a seleção cancelou suas reservas pouco antes do embarque. O avião que seguiu sem os atletas acabou caindo, matando 107 pessoas.

Copa de 1978, na Argentina:

• O holandês Rob Resenbrink foi autor do gol número 1000 em Mundiais.

• O técnico Enzo Bearzot, da Itália, fez nessa copa a substituição mais rápida da história do Mundial. Mauro Bellugi foi trocado por Antonello Cuccureddu com apenas 6 minutos de partida.

• Os argentinos assistiram à primeira vitória de uma seleção africana em Copas. A Tunísia venceu o México por 3 a 1, com gols de Kaabi, Ghommidh e Dhouib.

Copa de 1982, na Espanha:

• Na Espanha foi registrada a maior goleada da história das Copas. A Hungria derrotou El Salvador por 10 a 1.

• O irlandês Whiteside quebrou o recorde de Pelé e se tornou o jogador mais jovem a participar da competição. Quando entrou em campo contra a Iugoslávia, o atacante tinha 17 anos e 41 dias.

• Com o título italiano, o goleiro Dino Zoff entrou para a história como o mais velho campeão mundial. Ele tinha 40 anos e 133 dias em 1982.

• Três treinadores brasileiros dirigiram seleções na Espanha. Além de Telê Santana na Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira comandou o Kuwait e Tim foi o treinador do Peru.

Copa de 1986, no México:

• O Brasil estreou diante da Espanha e, na hora da execução dos hinos, a banda errou e tocou o Hino à bandeira do Brasil, ao invés do Hino Nacional Brasileiro.

• O México foi o primeiro país a receber duas edições de Copa do Mundo. O Mundial de 70, vencido pela Seleção Brasileira, já havia sido disputado no país da América do Norte.

• O uruguaio José Batista foi expulso logo aos 55 segundos de partida durante o confronto contra a Escócia, até hoje recorde.

• Quatro anos depois de Arnaldo César Coelho arbitrar a final da Copa da Espanha, Romualdo Arpi Filho representou novamente o Brasil na finalíssima, partida que deu o segundo título à Argentina de Maradona.

Copa de 1990, na Itália:

• O goleiro italiano Walter Zenga ficou 517 minutos sem levar gol.

• Pela primeira vez na história das Copas, todas as seleções campeãs mundiais (Brasil, Argentina, Uruguai, Alemanha, Itália e Inglaterra) estiveram presentes numa edição do Mundial.

• O treinador da Costa Rica, Bora Milutinovic, fez uma promessa: voltaria a pé do estádio até a concentração se sua seleção conseguisse ganhar um jogo. Os costarriquenhos venceram, mas o técnico fez os 100km de percurso de ônibus mesmo.

Copa de 1994, nos Estados Unidos:

• No jogo entre Bulgária e México, Marcelino Bernal, defensor mexicano, salvou em cima da linha um chute de Balakov. O esforço do jogador terminou com uma das traves quebrada. A partida foi paralisada e os organizadores tiveram de trocá-la.

• O atacante camaronês Roger Milla, 41 anos, se converteu no jogador mais velho a marcar gols em Mundiais, quando fez o de honra de seu país na humilhante derrota por 6 a 1 para a Rússia.

• Quem imaginaria que uma Copa disputada nos EUA seria um sucesso de público? Pois foi o que aconteceu: o Mundial de 1994 registrou a maior média de público da história, 68.991, com um total de 3,5milhões de ingressos vendidos.

• Os termômetros registraram temperaturas altíssimas durante os jogos. Na partida entre Alemanha e Coréia do Sul, em Dallas, o calor bateu nos 46 graus centígrados.

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About Alexandre Ferreira

Blog do comunicador Alexandre Ferreira - Jornalista, Radialista e Professor Universitário.