José Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha, nasceu em 20/01/1916, em Pernambuco. Trabalhou quase 50 anos, inicialmente no rádio e depois na televisão. É considerado o primeiro comunicador do Brasil. O apelido "Chacrinha" vem da época do rádio...
A emissora onde Abelardo trabalhava ficava numa chácara pequena e o comunicador se referia ao local como a "chacrinha". O apelido virou nome conhecido mundialmente.
No grande show de inauguração da TV, que foi ao ar em 18 de setembro de 1950, chamado "TV na Taba", a apresentação humorística foi um grande sucesso e, apenas dois dias depois, a TV Tupi estreava o primeiro programa humorístico da televisão brasileira: Rancho Alegre. Protagonizado por Mazzaropi, Geni Prado e João Restiff o programa estreou dia 20 de setembro e marcou também a estréia de Chacrinha na TV. A estréia dele no programa ocorreu em 1957, onde ele interpretou um xerife, numa paródia do western americano. O sucesso de Chacrinha foi tão grande que, no mesmo ano, a TV Tupi colocou-o na apresentação da Discoteca do Chacrinha.
Seus programas misturavam calouros e musica. Discoteca do Chacrinha, a Buzina do Chacrinha e o Cassino do Chacrinha foram sucesso em todas as emissoras nas quais Chacrinha trabalhou: TV Tupi, TV Rio, TV Bandeirantes e TV Globo.
A brincadeira de jogar bacalhau começou quando o o programa do "Velho Guerreiro" foi patrocinado pelas Casas da Banha.
Em 1987, foi homenageado pela Escola de Samba Império Serrano com o enredo "Com a boca no mundo, quem não se comunica...".
Foi casado com dona Florinda Barbosa por 41 anos e teve 3 filhos: José Amélio, Jorge Abelardo e Zé Renato.
Faleceu em 30 de julho de 1988.
Chacrinha é o autor de expressões que se popularizaram por todo o Brasil, como
"Quem não se comunica, se trumbica!"
"Eu vim para confundir e não para explicar"
"Terezinhaaaaaa...."
"Vocês querem bacalhau?".
Foi citado até em música:
"...o Velho Guerreiro balançando a pança e comandando a massa..." (Gilberto Gil - Aquele Abraço).
Chacrinha nunca perdeu o contato com o rádio. Era comum vê-lo nos corredores das emissoras, visitando os colegas, negociando promoções e divulgando suas marchinhas de carnaval. Era acima de tudo um ouvinte de rádio.
Que saudade do Velho Guerreiro!
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