Conheça tudo sobre essa bebida que se tornou tradição para celebrar os grandes momentos da vida, inclusive a passagem de ano. Saiba como abrir corretamente uma garrafa de champanhe...
• Em 1695, vivia no norte da França um grande preparador de vinhos, dom Pierre Pérignon, que foi o mestre de adega da abadia beneditina de Hautvillers por 47 anos. Certo dia, este monge cego decidiu lacrar suas garrafas com cortiça completamente seca, em vez de usar tampas de madeira e fios de corda embebidos em óleo, como era habitual. Conseqüentemente, o dióxido de carbono produzido durante a fermentação, que conseguia passar através dos poros da madeira, ficou aprisionado pela nova rolha. Desse modo, Dom Pérignon recebeu os créditos de ter colocado as bolhas no champanhe.
• Rapidamente, a invenção do monge encantou a população da região de Champagne, no nordeste da França. O novo vinho de Champagne viajou rumo às cortes de Paris e de outros países da Europa. Por volta de 1720, caixas do vinho já eram exportadas até para a rival Prússia, de Frederico Guilherme Primeiro, um apaixonado pela bebida.
• Com a evolução da enologia, os vinicultores bolaram um método mais simples e mais veloz de estimular o surgimento das borbulhas - a adição de açúcar de cana e de alguns fermentos. Os fermentos alimentam-se do açúcar e, na sua digestão, libera o gás carbônico. Esse processo é feito em duas fermentações. Após a primeira, comum a todos os vinhos, realiza-se a segunda, que inclui a remuage (rotação das garrafas que faz reunir no gargalo os sedimentos da fermentação), o dégorgement (resfriamento do gargalo para que os sedimentos fiquem presos no gelo e só saiam por pressão) e a dosagem de açúcar (que define o tipo do espumante).
• Até hoje, apenas o vinho feito com as uvas da região de Champanhe - Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay - pode exibir, no seu rótulo, o título champagne. Todos os outros são chamados de vinhos espumantes. O prosecco é um tipo de espumante produzido na região de Valdobbiene, na Itália.
Como abrir corretamente uma garrafa de champanhe:
• As preciosas bolhinhas do champanhe são conhecidas como "perlage" e não devem ser desperdiçadas. Primeiro resfrie a garrafa até cerca de 8 graus centígrados, num balde contendo quantidades iguais de água e gelo. Retire a garrafa do balde, remova a proteção da tampa e desenrole o arame em volta da rolha. Mantenha o dedo polegar sobre a rolha para dar firmeza e ter certeza de que ela não vai escapar sozinha. Segure a garrafa num ângulo de 45 graus (um guardanapo pode garantir que ela não escorregue) e gire-a, prendendo bem a rolha. Deixe que ela saia com um charmoso e pequeno estouro. Incline a taça e sirva o champanhe até a metade. Quando a espuma diminuir, complete até dois terços da taça e segure pelo cabo ou pela base para que o calor da mão não esquente a bebida.
• Se for o caso de uma comemoração mais efusiva, com direito à tradicional cena de derramar champanhe sobre os amigos, igualzinho a dos pilotos de Fórmula 1, balance a garrafa e, com os polegares, empurre a rolha para a frente e para trás até que ela saia, produzindo o som de um tiro. Ela pode atingir uma velocidade de até 60 quilômetros por hora. Os especialistas em vinho, porém, não recomendam a técnica. Eles dizem que ao sacudir e derramar a bebida perde-se o gás e a espuma, que justamente caracterizam a bebida.
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