Doença celíaca: saiba mais!

A Doença Celíaca caracteriza-se pela intolerância permanente ao glúten, proteína encontrada no trigo, centeio, cevada, malte e aveia. Não existe cura e o celíaco não pode comer nenhum alimento com glúten durante toda a sua vida. O único tratamento existente é a retirada do glúten da dieta.

A doença é genética, ou seja, o indivíduo já nasce com essa predisposição, mas os sintomas podem se manifestar tanto logo após o nascimento como na fase adulta, em qualquer idade.

O glúten ataca a mucosa do intestino delgado, onde os alimentos são absorvidos, impedindo que haja a absorção dos alimentos e seus nutrientes. Conseqüentemente, a pessoa pode apresentar diarréia, perda de peso, anemia e até osteoporose caso o glúten não seja suspenso da alimentação.

Mas a doença não é uma espécie de alergia: o celíaco que ingere um alimento com glúten não tem uma reação imediata.

A única forma de diagnosticar essa doença é com um exame de sangue específico seguido de uma biópsia. É preciso cuidado porque os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças.

Entre estas complicações decorrentes desta enfermidade estão a osteoporose, devido à não absorção do cálcio, a anemia, devido à falta de ferro, maiores chances de ter doenças autoimunes - como a diabetes, doenças da tireóide e hepatite autoimune - câncer no intestino, manifestações psiquiátricas, abortos de repetição e esterilidade.

A retirada dos alimentos com glúten da dieta (macarrão, pães, biscoitos, bolos, pizza etc.) não causa nenhum prejuízo à saúde, mas, sem a adoção de uma dieta equilibrada, acaba causando ganho de peso devido ao excesso de ingestão de carne e gordura. Por isso, é necessário introduzir na alimentação substitutos que garantam a ingestão de carboidratos.

Para proteger os celíacos e permitir a identificação de produtos industrializados que contenham ou não glúten, foi sancionada em maio de 2004 uma lei que obriga os fabricantes a informar nos rótulos - e bulas de medicamentos - se os produtos contêm ou não a substância. Antes, só era obrigatória a inscrição "Contém glúten", mas a partir desta data os alimentos livres da proteína também devem trazer a frese "Não contém glúten".

Fique de olho nos rótulos e boa saúde pra todo mundo!
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About Alexandre Ferreira

Blog do comunicador Alexandre Ferreira - Jornalista, Radialista e Professor Universitário.

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