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Uma das tradições do último dia do ano é a corrida de São Silvestre, realizada em São Paulo. O nome da corrida é uma homenagem ao santo Silvestre. Ele teria sido um dos primeiros santos não-mártires cultuados pela Igreja Católica.
São Silvestre nasceu em Roma e governou a Igreja de 314 a 335. Depois de estabelecer bases doutrinárias e disciplinares para a instituição, ele aproximou a Igreja do Estado e fez do cristianismo a religião oficial do Império Romano.
O primeiro concílio ecumênico, o de Nicéia, em 325, foi realizado durante o governo de Silvestre. A divindade de Jesus Cristo foi definida durante esse encontro.
A primeira corrida foi disputada em 1925 e Alfredo Gomes terminou na frente entre os 48 inscritos, com o tempo de 23 minutos 10 segundos e 4 centésimos. O percurso era de 8.800 metros. Atualmente são milhares de participantes e o percurso é de 15 quilômetros.
Em 1945, corredores internacionais começaram a participar da prova. A partir de 1947, com a vitória do uruguaio Oscar Moreyra, os estrangeiros passaram a ter domínio da prova. A presença mais ilustre acabou sendo a do tcheco Emil Zátopek, que havia conquistado três medalhas de ouro nas Olimpíadas de 1952. Ele venceu a São Silvestre de 1953, quase um minuto na frente do segundo colocado. Passados 33 anos, o pernambucano José João da Silva quebrou esse tabu. Ele venceu em 1980 e novamente em 1985. José João começou a vida em São Paulo como entregador de pizzas na região da avenida Paulista e era conhecido pelos colegas como Zé das Couves. Depois dele, outros quatro brasileiros venceram a prova: João da Matta, Ronaldo da Costa, Emerson Iser Bem e Marílson Gomes dos Santos.
Só em 1975 é que as inscrições foram abertas para as mulheres. A primeira campeã foi a alemã-ocidental Christa Valensieck, que repetiu a dose no ano seguinte. A portuguesa Rosa Mota venceu seis anos consecutivos, de 1981 a 1986.
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